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quarta-feira, 16 de março de 2011

A ARTE ESTÁ EM NÓS

Mais que um entretenimento passageiro que reflete o gosto típico de uma época a arte aponta um envolvimento peculiar para o que costumo chamar de razão histórica.
É importante lembrar que em todo o bojo da história houve épocas em que a beleza e o grotesco se tornaram antagônicos para definirem o quê é a conveniência artística, nesse ensejo, o “feio” foi tomado como aspecto fundamental de negação enquanto que o esteticamente belo foi aclamado para se tornar parte da história como relíquia fundamentada na serenidade do seu criador.
Para tanto, as dimensões aportadas pelo autor/criador que investiram no pitoresco podiam experimentar a dolorosa façanha da crítica de transformar o socialmente inaceitável em hostilidade visual e sensorial. Experiência esta que perpetuaria um contexto para os ulteriores mostrando o que foi tido como inimigo da sociedade e do ser humano poderia criar proporções maiores e se tornar uma repulsa milenar. Para exemplificar mais claramente podemos utilizar como exemplo a colocação do escritor italiano Umberto Eco que em um de seus estudos sobre o desenvolvimento da história da arte que mostra ilustrações alusivas aos inimigos do Estado nos livros de história para crianças da alfabetização sempre tinham desígnio monstruoso o que leva a crer que a criança carregará consigo aquela ilustração como imagem fidedigna de um povo ou nação.

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